segunda-feira, 23 de abril de 2012

Morre ator que se enforcou por acidente em encenação da Paixão de Cristo

  Tiago Klimeck ficou internado em estado gravíssimo em UTI por 17 dias
Depois de 17 dias internado em estado gravíssimo na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) da Santa Casa de Itapeva (SP), no interior de São Paulo,
o ator Tiago Klimeck, 27 anos, morreu no fim da tarde deste domingo. A
morte do ator, ocorrida às 17h15, foi anunciada pelo hospital em um breve
comunicado de apenas duas linhas.
Na mensagem, a Santa Casa envia "à família e amigos os nossos sentimentos".
Apesar das lesões cerebrais, um exame realizado quinta-feira apontou que o
ator tinha atividade cerebral e até mexeu um braço, o que deu esperanças à
família. Um cunhado chegou a dizer que a família acreditava na recuperação
de Klimeck, cujo drama começou no último dia 6, Sexta-Feira Santa, na
cidade de Itararé (SP).
Ele interpretava Judas Iscariotes durante uma encenação da Paixão de Cristo
e saltou de uma cadeira que imitava uma pedra, simulando o enforcamento do
personagem. Segundo a Polícia Civil de Itararé, o cordão do colete de
segurança estaria frouxo e subiu ao pescoço quando ele saltou, asfixiando-o.
O ator ficou pendurado e desmaiado durante quatro minutos. Somente após
esse tempo é que o restante do elenco e espectadores perceberam que não se
tratava de uma simulação e foram socorrê-lo. Uma equipe do Samu levou
Klimeck para a Santa Casa de Itararé, de onde ele foi transferido para a
Santa Casa de Itapeva na manhã de Sábado de Aleluia.
Desde então, ele ficou internado em estado gravíssimo e, em coma profundo,
respirava com a ajuda de aparelhos. Antes do exame de quinta-feira passada,
uma tomografia revelou que o ator tinha lesões no cérebro, causadas pela
falta de oxigênio no cérebro.
A polícia já ouviu cinco testemunhas, inclusive um comandante do Corpo de
Bombeiros, já que a corporação emprestou o equipamento de segurança ao
ator. O empréstimo foi confirmado pelo sargento Eduardo Seiji, que não
concedeu entrevistas por ordens de seus superiores de Sorocaba, onde o
equipamento vai passar por perícia no Instituto de Criminalística (IC).
Zero Hora*